O folclore brasileiro é muito rico em tradições, lendas, música, dança e costumes que definem a alma de um povo. É um legado vivo, passado de geração em geração, moldado pelas diversas culturas que contribuíram para a identidade brasileira.
Cada região ostenta seus próprios ritmos contagiantes e coreografias vibrantes, como o frevo pernambucano, o maracatu baiano, fandango gaúcho e o festival folclórico de Parintins!
O Festival Folclórico de Parintins, realizado anualmente no Amazonas, é um dos maiores eventos folclóricos da América Latina e um dos mais importantes do Brasil.
A edição de 2025 acontece de 27 a 29 de junho, e este mergulho traz tudo o que você precisa para chegar, sentir e, de quebra, emendar um rolê de ônibus de São Paulo a São Luís sem perrengue.
E a DeÔnibus via te contar tudo sobre este evento riquíssimo da nossa cultura. Para começar, convidamos você a conhecer o nosso post sobre o que fazer em Parintins (AM), clicando no botão abaixo.
Índice
A história do Festival Folclórico de Parintins

As origens do festival são ao final do século XIX, quando as comunidades de São José e São Benedito organizavam festas religiosas para homenagear seus padroeiros e arrecadar doações para a igreja.
As festas se tornaram cada vez mais grandiosas e elaboradas até se tornarem um grande “festival”.
O sucesso foi tão grande que, em 1988, foi construído o Bumbódromo, uma arena de espetáculo em formato de boi dividida em azul e vermelho, para a disputa.
Importância cultural e social
O Festival Folclórico de Parintins preserva e celebra as tradições da cultura amazônica, promovendo a identidade local e a valorização da tradição popular.
Por isso tem uma grande importância cultural e social não apenas na região, mas para todo o Brasil.
É por esse motivo que ele foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Como é festival Folclórico de Parintins

O Festival Folclórico de Parintins é o maior espetáculo folclórico a céu aberto do mundo!
Durante o festival ocorrem as famosíssimas apresentações dos bois Garantido e Caprichoso.
O Boi Garantido defende as cores vermelho e branco; já o Boi Caprichoso defende as cores azul e branco.
Centenas de artistas, divididos em cada boi, apresentam coreografias elaboradas, músicas contagiantes e fantasias luxuosas, em uma disputa acirrada para conquistar o título de campeão.
A disputa dos dois “bois” toma conta das ruas de Parintins (AM) com o folclore do boi-bumbá.
O Festival Folclórico de Parintins, em sua forma tradicional, dura três noites, com apresentações dos bois Garantido e Caprichoso.
As apresentações costumam acontecer na última sexta, sábado e domingo do mês de junho, que em 2024 acontece entre os dias 28 e 30 de junho.
E assim como acontece no carnaval, ocorre uma apuração com uma comissão de jurados para avaliarem a melhor apresentação do ano.
As avaliações levam em conta diversos aspectos da apresentação e vence o festival o boi que acumular mais pontos no somatório de todos os blocos em todas as noites.
Uma festa tão especial assim, não pode se resumir em 3 dias!
Além das apresentações dos bois (que são a grande atração do festival) o festival também conta com uma programação cultural extensa: grupos folclóricos, bandas de música, artistas locais, feira de artesanato e diversas outras atividades.
Portanto, visitar a cidade é sinônimo de se divertir muito!
Curiosidades do Festival Folclórico de Parintins

Assim como acontece no futebol, existe uma grande rivalidade das torcidas conhecidas como vermelhos (torcedores do Garantido) e azulados (torcedores do Caprichoso).
E esta rivalidade vai além do palco. É muito comum você caminhar pelas ruas e perceber as cores como um símbolo de orgulho e de torcida na região.
Famosas marcas de refrigerantes modificam as cores de seus rótulos para se alinharem com as cores dos bois Garantido (Coca) e Caprichoso (Pepsi).
Muitas celebridades são convidadas para aumentar a visibilidade do evento e destacar sua importância cultural.
As fantasias dos bois Garantido e Caprichoso podem chegar a pesar até 200kg e são confeccionadas com materiais como penas, lantejoulas, pedrarias e outros detalhes que representam a fauna e flora da Amazônia.
As músicas dos bois são compostas a cada ano por compositores renomados e se tornam verdadeiros hinos para os torcedores.
Saiba mais no site oficial do evento: www.festivaldeparintins.com.br
Por que todo viajante precisa sentir a vibração do Festival de Parintins em 2025
Se Manaus é a porta de entrada da selva, Parintins é o coração que bate no ritmo do batuque. Durante três noites, 35 mil pessoas lotam o Bumbódromo para assistir a alegorias de até 20 metros de altura, coreografias que misturam lendas indígenas, mitos ribeirinhos e um tantão de tecnologia de LED. Quem vai garante: não existe plateia — todo mundo faz parte da cena.
O duelo que move a ilha: Caprichoso x Garantido
O Festival começou em 1965, mas a rivalidade vem de longe: 1913. Desde então, a cada ano, as torcidas ensaiam toadas, constroem alegorias e vestem a cidade inteira nas cores do boi. Na arena, cada lado tem 2h30 para narrar seu enredo: rituais, poderes da floresta, símbolos cristãos, direitos indígenas, futuro sustentável — vale tudo pra arrancar nota máxima do corpo de jurados espalhado pelo Bumbódromo.
Caprichoso costuma seduzir com a força do negro da costa e do indígena heróico, enquanto Garantido aposta no romantismo caboclo e na poesia do povo ribeirinho. Resultado? Três noites de arrepiar, mesmo pra quem só queria “dar uma olhadinha”.
Datas, ingressos e programação 2025
A Prefeitura de Parintins confirmou o cronograma oficial:
- 27 de junho (sexta-feira) – Primeira apresentação dos bois
- 28 de junho (sábado) – Segunda noite de disputa
- 29 de junho (domingo) – Terceira noite e apuração extra-oficial logo depois
Ensaios gerais no Curral Zeca Xibelão (Caprichoso) e Cidade Garantido rolam nas duas semanas anteriores e são abertos ao público, ótima pedida pra sentir a energia de perto. Blocos de rua, arraiais juninos e o famoso Carnaboi (ressaca da folia) completam a agenda.
Como garantir o seu lugar na arquibancada (ou camarote)
Ingressos são disputados. A dica é comprar no site oficial ou com agências credenciadas assim que as vendas abrem — normalmente em fevereiro. Pacotes incluem traslado fluvial e hospedagem simples. Quem prefere organizar tudo por conta própria precisa correr.
Como chegar de ônibus até o coração da Amazônia
Spoiler: não existe ponte ligando rodovias a Parintins. O caminho é multimodal — e pra nós, isso só deixa a aventura ainda mais saborosa.
A etapa rodoviária termina em Manaus (ou Santarém); daí em diante, barcos ou voos regionais fazem a travessia final. Antes do passo a passo, vale mergulhar no nosso guia de viagem de ônibus para Manaus para preços e horários atualizados.
Etapa São Paulo → Manaus: três dias vibrando no asfalto
A rota mais prática parte do Terminal do Tietê com a Viação Satélite Norte. São 57h25 min de viagem — tempo suficiente pra binge-watchar duas temporadas de série, fazer amizades no corredor e atravessar quatro biomas.
Paradas épicas no caminho:
- Uberlândia (MG) – Famosa pamonha de prato fundo.
- Brasília (DF) – Intervalo fotogênico na Rodoviária Interestadual.
- Porto Velho (RO) – Visual do rio Madeira no nascer do sol.
Dica de ouro: quebre a jornada em Brasília ou Cuiabá para dormir uma noite, esticar as pernas e provar a culinária local.
Manaus → Parintins: o rio que vira passarela
- Lancha rápida (12 h) – Sai do Porto da Ceasa, poltronas reclináveis, ar-cond.
- Barco regional “gaiola” (18 h a 24 h) – Rede armada, clima social, e três refeições simples.
- Voos extras – Durante o Festival, Azul Conecta opera Manaus-Parintins (1h).
Chegue ao porto antes das 6h da manhã para garantir rede bem posicionada ou embarque VIP na lancha.
Logística de retorno
Barcos lotam na manhã pós-festival. Se o orçamento permitir, compre ida e volta juntos ou fique um dia extra para conhecer o lago Macuri e voltar com calma.
Vídeo: Festival Folclórico de Parintins
Atrações além do festival
Para quem gosta de explorar a cidade, não se preocupe, opções é que não iram faltar. Confira a seguir.
Explore a gastronomia amazônica
Saboreie os sabores únicos da culinária amazônica, com pratos típicos como tacacá, pato no tucupi, matrinxã na brasa e diversos doces regionais.
Conheça o artesanato local
Encante-se com a beleza e a riqueza do artesanato local, com peças feitas de madeira, palha, cerâmica e outros materiais naturais. Uma ótima oportunidade para levar para casa lembranças autênticas do festival e da cultura amazônica.
Participe da folia nas ruas
As ruas de Parintins se transformam em um palco gigante durante o festival, com apresentações de grupos folclóricos, bandas de música e artistas locais. Uma festa contagiante que te convida a dançar e celebrar a alegria do povo brasileiro.
Conecte-se com a natureza
Aproveite a sua visita para explorar as belezas naturais da Amazônia. Faça um passeio de barco pelo Rio Amazonas, visite comunidades indígenas e parques ecológicos, e conecte-se com a exuberante flora e fauna da região.
Mergulhe na história e cultura
Visite museus e centros culturais para conhecer a rica história e cultura do Amazonas. Aprenda sobre os povos indígenas, as tradições locais e a importância da preservação da floresta amazônica.
Aliás, que tal você se aprofundar na cultura indígena? Clique no botão abaixo para saber mais.
Hospedagem, comida e rolês além do Bumbódromo
Parintins dobra de tamanho na última semana de junho. Hotéis simples (padrão 2-3 estrelas); pousadas familiares e quartos de fundos entram na dança — sempre negocie água pressurizada e ar-condicionado. Outra alternativa é o “cruzeiro fluvial”: barcos-hotel ancoram no píer e oferecem cabines com pensão completa.
Na hora de comer, prove:
- X-Caboquinho – sanduíche de tucumã e queijo coalho
- Tacacá – caldinho quente de tucupi com jambu
- Sorvete de cupuaçu com granola local
Entre um ensaio e outro, faça o city tour de triciclo motorizado, passe na Catedral de Nossa Senhora do Carmo e fotografe o pôr-do-sol no mirante do Macurani.
Clima: calor úmido, mas com menos chuva
Junho marca o início da queda de nebulosidade: céu parcialmente aberto, máximas na casa dos 29°C e chuvas rápidas no fim da tarde. Leve capa leve, protetor solar mineral e garrafa filtrante.
Itens obrigatórios na mochila de festival:
- Camiseta dry-fit (secagem rápida)
- Óculos escuros escuros (sim, dois “escuros” não são erro)
- Repelente de alta duração
- Dinheiro vivo (poucos lugares aceitam cartão)
- Toalhinha de rosto pra enxugar a testa guerreira
Perguntas frequentes
Normalmente em fevereiro; siga os perfis oficiais @portalfestivaldeparintins para alertas.
Garrafas de plástico até 500 ml, sim; latas e vidro, não. Revistam mochilas na entrada.
Em lojas de artigos regionais no porto de Manaus (preço médio R$ 40 e ainda vira souvenir).
Dica diplomática: compre ingresso no setor central (arquibancada “turista”), a vista é de frente para as alegorias — neutralidade garantida.
Leve cartão de febre amarela e tome repelente generoso contra o mosquito da dengue; clínicas básicas funcionam dentro do Bumbódromo.
Conheça o Festival de Parintins de perto

Pegue a mochila, selecione o lado (ou vá em paz de camiseta branca) e deixe que o rugido do carro alegórico te guie. Porque viver o Festival Folclórico de Parintins é muito mais que assistir — é embarcar no próprio cenário, e a DeÔnibus te deixa na primeira fila desse boi-verso.