Dê play na nostalgia: este guia oferece as melhores cidades históricas para conhecer de ônibus, com roteiros, atrações top e timing perfeito.
Viajar no Brasil é tipo maratonar série boa: sempre tem um episódio clássico esperando para ser (re)descoberto. E quando o assunto é história, charme colonial e rua de paralelepípedo, o time da DeÔnibus sabe que a melhor cadeira cativa fica na poltrona 31, com ar‑condicionado e playlist no fone. Bora carimbar esse bilhete?
Spoiler: além de dicas de principais atrações, a rota traz aquele “o que fazer” esperto, a melhor época para visitar e até uns hacks de economia. Tudo pra você chegar na cidade e já sacar a câmera sem ficar perdido na rodoviária.
Índice
Por que viajar de ônibus é a pedida?
- Custo x benefício turbinado – passagens mais em conta que aéreo e sem tarifa extra de bagagem.
- Sustentável e tranquilo – divide CO₂ com a galera e ainda cochila vendo a paisagem.
- Chega no centro – nada de transfer caro; você já desembarca perto do coração histórico.
Entre uma soneca e outra, anote: as estradas federais que cortam Minas, Rio e Nordeste foram amplamente revitalizadas nos últimos anos, então o trajeto está suave até pra quem tem drama com curvas. Confira a seguir nossa lista de cidades históricas para conhecer de ônibus.
Minas Gerais: ouro, poesia e o melhor pão de queijo no café da manhã da pousada
Ouro Preto – a diva barroca que nunca decepciona

Ouro Preto é aquele hit que não envelhece. A cada esquina há uma igrejinha assinada por Aleijadinho e fachadas que parecem cenário de filme de época.
Principais atrações
- Igreja São Francisco de Assis – talha de tirar fôlego.
- Museu da Inconfidência – clima revolucionário garantido.
- Mina da Passagem – desce 120 m e volta glorificado de poeira (leve tênis velho).
O que fazer além do basicão
- Tour de botecos com pastel de angu no Largo do Rosário.
- Pulo rápido até Lavras Novas pra ver o pôr‑do‑sol emoldurado por montanhas.
Melhor época para visitar
Março a maio (outono seco e fresquinho) ou agosto (Festival de Jazz). Evite janeiro se não curte chuva torrencial.
⚡ Puxe assunto nerd: Ouro Preto foi a primeira cidade brasileira tombada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Tiradentes – pocket versão de conto de fadas mineiro

A vibe é slow living total: ruas de pedra, casinhas brancas com janelas coloridas e cheiro de lenha no ar.
Principais atrações
- Igreja Matriz de Santo Antônio iluminada por 482 kg de ouro.
- Chafariz de São José – selfie garantida no feed.
- Maria Fumaça que liga São João del Rei a Tiradentes – nostalgia em forma de vapor.
O que fazer
- Aulinha de gastronomia com chef local pra aprender o legítimo tutu de feijão.
- Pedalada leve na Estrada Real: cenários dignos de wallpaper.
Melhor época
Julho (Festival de Cultura e Gastronomia) ou setembro (primavera florida).
Veja também: Lugares para conhecer em Minas Gerais: 11 destinos fascinantes.
Rio de Janeiro e arredores: quando história encontra mar (e cerveja artesanal)
Paraty – azulejos, caiçaras e caipirinha que pisca pra você

A tranquila Paraty mistura colonial vibe com barquinho colorido e cachaça premiada.
Principais atrações
- Centro histórico sem carro – só calçada pé‑de‑moleque.
- Forte Defensor Perpétuo – vista 360° da baía.
- Alambique Engenho d’Ouro – degustação de boas.
O que fazer
- Remar de caiaque até a Ilha do Algodão.
- Bater ponto no Festival da Pinga em agosto.
Melhor época
Maio a outubro (menos chuvas) – perfeito pros rolês de barco.
Aproveite e confira aqui tudo o que fazer no centro histórico de Paraty.
Petrópolis – crush imperial escondido na Serra

Pedro II que lute: a Cidade Imperial continua rainha. Palácios, trilhas e clima ameno fazem o pacote.
Principais atrações
- Museu Imperial com coroas cravejadas.
- Palácio Quitandinha estilo Grand Hotel década 40.
- Cervejaria Bohemia – tour + degustação.
O que fazer
- Hiking light até o mirante do Morro do Bonet (veja o RJ lá embaixo).
- Circuito cervejeiro independente: tá na moda e é delícia.
Melhor época
Inverno (junho a agosto) pra curtir fondue e friozinho de leve.
Dica: veja também nosso post sobre o Rio de Janeiro no Dia de São Jorge e planeje estender sua trip.
Nordeste: paredes coloridas, frevo na calçada e história contada em azulejo
Olinda & Recife Antigo – gêmeas que sambam no mesmo compasso

Par de ases: Olinda é a ladeira chiclete; Recife Antigo é a prima urbana cheia de murais de arte.
Principais atrações
- Alto da Sé com vista pro mar (Olinda).
- Sinagoga Kahal Zur Israel, primeira das Américas (Recife).
- Embaixada dos Bonecos Gigantes – cultura pop pernambucana.
O que fazer
- Comer tapioca na feirinha ao som de maracatu.
- Pub crawl no Recife Antigo sexta‑feira – a madrugada não tem fim.
Melhor época
Carnaval, obviamente (fevereiro/março). Mas setembro é seco, barato e sem multidão.
Salvador – Pelourinho, axé e acarajé sem falar “obrigado” (é “Valeu, mãe!”)

Principais atrações
- Elevador Lacerda grátis à noite.
- Igreja São Francisco: overdose de ouro barroco.
- Largo do Pelô – palco onde a História dança.
O que fazer
- Aula de percussão com mestres do Olodum.
- Pôr‑do‑sol no MAM com direito a jam session.
Melhor época
Novembro (Primavera em Salvador) ou fevereiro (pré‑Carnaval).
Dica: confira nosso guia O que fazer no aniversário de Salvador e emende feriadinho com folga.
Centro‑Oeste & Norte: tesouros (não tão) escondidos
Goiás Velho – poesia de Cora Coralina à beira do Rio Vermelho

Principais atrações
- Casa de Cora, nostalgia pura.
- Museu das Bandeiras com armaduras originais.
- Ponte de pedra 1893, super instagramável.
O que fazer
- Caminhada ao pôr‑do‑sol na Serra Dourada.
- Oficina de empadão goiano (sim, tem segredo no recheio).
Melhor época
Julho/agosto – clima seco e festival de cinema rolando em cidades vizinhas.
São Luís – azulejos portugueses que refletem o sol do Maranhão

Principais atrações
- Centro Histórico, 3 500 prédios tombados (é prédio que não acaba!).
- Casa do Nhozinho: bonecos de buriti.
- Palacete Gentil Braga – rendez‑vous artístico.
O que fazer
- Bate‑volta pros Lençóis Maranhenses (Barreirinhas de busão).
- Festança junina de bumba‑meu‑boi.
Melhor época
Junho (arraial) ou agosto-setembro (céu limpo nos Lençóis).
Planejamento ninja: roteiro multi‑cidades sem perder a cabeça
- Monte clusters – escolha dois destinos no mesmo estado para otimizar tempo.
- Compre passagens com antecedência – até 60 dias antes economiza até 40 %.
- Pesquise rodoviárias centrais – muitas ficam perto do centro histórico, economizando táxi.
- Use lockers – se fizer check‑out cedo, guarde mochila e volte pra rua.
- Pegue tours a pé gratuitos – walking tours estão em alta e ajudam a entender melhor o contexto.
FAQ – tira‑dúvidas de quem já tá fechando a mochila
Ouro Preto e Tiradentes pedem 2 a 3 noites; Paraty aguenta 4 se incluir ilha; Salvador merece no mínimo 5 pra curtir praias urbanas.
Não precisa virar a noite – promoções pipocam o dia todo. Mas madrugada de terça a quinta costuma ter desconto extra.
De boa! Escolha pousadas bem avaliadas e evite vielas vazias à noite. A vibe mochileira ajuda a fazer amizades no trajeto.
Mochila de 50 L faz milagre nas ladeiras de cidades coloniais. Mas se o look pede mais peças, leve mala com rodinhas robustas.
Sim nas vias principais. Mas salve playlists offline: alguns trechos de serra viram detox digital involuntário.
Para encerrar: história sobre rodas rima com liberdade nas estradas
Se você curte museu vivo, comida afetiva e céu estrelado visto pela janela do busão, comece a riscar datas no calendário — porque essas cidades históricas para conhecer de ônibus estão prontas pra ganhar seu coração (e seu feed). Passaporte carimbado, chegamos ao ponto final… mas a jornada segue firme nas próximas curvas!