Viajar é sinônimo de descobrir novos lugares, viver experiências marcantes e sair da rotina… mas, para muitos brasileiros, também envolve um cuidado a mais com a segurança ao sair de casa.
Seja na hora de circular por uma rodoviária, caminhar por uma cidade desconhecida ou escolher onde se hospedar, o tema aparece com força na hora de planejar um trajeto. E essa atenção não é por acaso: segundo nosso novo levantamento, 7 em cada 10 viajantes apontam a violência e o risco de golpes como preocupações durante uma viagem.
A boa notícia é que, mais do que alertar, o estudo traz reflexões importantes sobre como as pessoas têm se adaptado para curtir cada destino com mais tranquilidade, desde evitar sair com itens de valor até rever alguns hábitos durante o passeio, principalmente ao viajar sozinho.
A seguir, você confere os destaques da pesquisa, além de dicas e boas práticas para seguir explorando o mundo com leveza e segurança. Confira!
Índice
Principais conclusões do estudo:
- Violência é a principal preocupação dos brasileiros durante uma viagem;
- Rio, São Paulo e Bahia são os estados onde os viajantes se sentem mais inseguros;
- 29% dos turistas já foram vítimas de roubo ou furto e 14% já caíram em golpes;
- 4 em cada 10 brasileiros já evitaram passeios e saídas turísticas por medo da violência;
- Pesquisar bastante (71%), evitar saídas à noite ou sozinho (60%) e se hospedar com segurança (60%) são algumas das dicas dos brasileiros.
Viagem segura: quais as principais preocupações dos viajantes hoje?
Embora a última coisa desejada por um turista seja vivenciar momentos de adversidade, os dados do estudo deixam claro o quanto, hoje, a insegurança faz parte das experiências turísticas de brasileiros de todos os estados… sobretudo considerando as situações vividas pela população nos demais lugares.

Ao serem questionados sobre os maiores “sustos” de viagem, por exemplo, 97% dos respondentes afirmaram já ter experienciado ocasiões aflitivas em outras cidades ou países, como se hospedar em áreas arriscadas (27%), ter caído em golpes contra turistas (14%) e ser atingido pelo assédio ou discriminação (15).
O mais comum entre os casos, vale destacar, é ter tido seus objetos furtados ou roubados, impactando o roteiro planejado fora de casa.
Entretanto, engana-se quem pensa que viver momentos do tipo tenha tornado os brasileiros acostumados com a falta de segurança.
O efeito, na verdade, é o contrário: hoje, tanto a violência quanto o receio de possíveis golpes foram apontados como as principais preocupações dos viajantes ouvidos, algo que se reflete na resistência em fazer passeios em certos locais — especialmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, onde os respondentes se sentem mais inseguros em 2025.

5 dicas para uma viagem segura segundo os viajantes
Na busca por mais segurança em suas viagens, descobrimos quais boas práticas os brasileiros mais recorrem enquanto turistas, do momento em que escolhem suas hospedagens até as aventuras e passeios por aí.
Para não ser pego de surpresa, o segredo, ao menos entre os entrevistados, estaria em pesquisar bastante, checando cada detalhe sobre os riscos e pontos de atenção do destino antes mesmo de fazer as malas.
Dessa forma, o viajante não apenas garantiria mais previsibilidade durante os dias fora, como ainda poderia descobrir novas facetas (e possíveis diversões) do lugar escolhido.
Uma vez hospedado, somaria-se à dica acima uma série de cuidados essenciais, voltados à experiência nas ruas, restaurantes e demais espaços compartilhados: não levar ou exibir objetos de valor (57%), evitar andar à noite ou sozinho (60%) e deixar de usar dinheiro físico em locais movimentos (50%), por exemplo.
Em alguns casos, o contato frequente com familiares e amigos, bem como o envio da própria localização a pessoas de confiança — hábitos já praticados por cerca de 40% dos respondentes —, também podem ser de grande ajuda, em especial para mulheres, idosos, pessoas com deficiência e outros públicos vulneráveis.
Como as rodoviárias podem aumentar a segurança?
Enquanto um site de passagens de ônibus, ao longo da pesquisa, nosso interesse girou em torno não da segurança nos destinos em si, mas nos terminais de transporte turísticos — mais especificamente as rodoviárias.
Apesar de a maioria dos viajantes destacarem se sentir seguros nas rodoviárias, para 25% deles, ainda há espaço para certas melhorias.
Entre as sugestões, por exemplo, aparecem a demanda por mais profissionais de segurança no local (68%), o aumento da vigilância em áreas estratégicas (64%) e, por fim, investimentos na iluminação interna e externa para os passageiros (63%).
Já para aumentar ainda mais as experiências nos ônibus, de acordo com os entrevistados, as viações também poderiam ampliar a manutenção e revisão dos veículos (65%), mantendo câmeras e sensores a bordo (60%) e equipes bem treinadas para um ótimo atendimento (60%).

Metodologia
Para entender a relação entre segurança e viagens no Brasil, recentemente, ouvimos 500 adultos (maiores de 18 anos) residentes em todas as regiões e conectados à internet. O índice de confiabilidade foi de 95%, e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais.
Ao todo, os respondentes tiveram acesso ao total de 5 questões, que abordaram diferentes aspectos do tópico, como os destinos nos quais se sentem inseguros, boas práticas para evitar certos riscos e como avaliam a segurança em trajetos de ônibus. A organização das respostas possibilitou a criação de diferentes rankings, nos quais você confere o percentual de cada alternativa apontada pelos entrevistados.